12) A Floresta
A Floresta
Arranquem-me a língua: as mãos me ficarão
para elogiar este Ser insulado.
Se torna Eu por completo e por ele sou tomado,
e da minha testa as suas paredes surgirão,
onde vejo nítidas as montanhas às nuvens se elevar.
Quero com o fulgor esticado
o poema nunca escrito no azul pintar,
nítido em todos os céus ramificado.
Pois é aqui a entrada para o ilimitado;
aqui o mundo se tornou criança pela segunda vez
do lote branco e preto tirado.
Entra tu, que és cego e desencaminhado!
Quando outrora nos sonhos por Deus foi alto o elevado chamar:
as árvores serão os degraus para até ele chegar.